segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Em Nota à imprensa, Cestermig não esclarece contrato com a PMT.

Em Nota à imprensa, Cestermig
não esclarece contrato com a PMT

A Cestermig Empreendimentos Ltda divulgou nota à imprensa tentando esclarecer as supostas irregularidades no contrato de prestação de serviços de mão de obra para a prefeitura de Timóteo.

Diz à nota que a empresa não ‘possui nenhum laranja’, porém confirma que as sócias da empresa são de fato às citadas pelo O FIO DO NOVELO, dentre elas, uma menor de idade.
O FIO DO NOVELO: Entretanto, não respondeu o total desconhecimento da menor sobre o contrato com a Prefeitura de Timóteo. Também deixou de responder a acusação do endereço falso apresentado pela uma das sócias da empresa, dentre outras supostas irregularidades aqui divulgadas, tais como falta de capacidade técnica para realização dos serviços para a realização dos serviços.

Diz a nota ainda: ‘a nossa empresa não foi criada para prestar serviço ao município de Timóteo’.
O FIO DO NOVELO: Esclarecemos que em nenhum momento afirmamos que a empresa foi criada para prestar serviço para a Prefeitura de Timóteo. Afirmamos sim que a empresa foi criada apenas em abril deste ano e estranhamente ganhou um contrato de R$ 2,2 milhões com o município.

Diz a nota também que: ‘...nossa história profissional comprova a prestação de serviços para diversos órgãos públicos e outras prefeituras, entre as quais de Coronel Fabriciano, Córrego Novo, Ubá e instituições como o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Timóteo’.
O FIO DO NOVELO: Caso tenha de fato sido contratada por outras prefeituras e instituições, apesar de pouco tempo de fundada, a prática deve ser condenada da mesma forma. Porém, antes de fazer juízo de valor dos contratos com outras prefeituras, é prudente primeiro analisar as razões, objetivos e valores dos contratos com as instituições citadas.

A nota da Cestermig sugere que quaisquer suspeitas de irregularidade, devem ser levadas ao conhecimento dos órgãos adequados.  Segundo a Nota, ‘o Ministério Público, assim como a Receita Federal, INSS, FGTS, a FUCEMG existem exatamente para acompanhar a legalidade de todo e qualquer trâmite envolvendo contratos e licitações envolvendo empresas e o Poder Público’.
O FIO DO NOVELO: Lamentamos o profundo desconhecimento dos representantes da Cestermig das reais atribuições de órgãos públicos constituídos no País. Esclarecemos que Receita Federal, INSS, FGTS e JUCEMG, não são constituídas para ‘acompanhar a legalidade de todo e qualquer trâmite envolvendo licitações e contratos entre empresas e Poder Público’. Dos órgãos citados, apenas cabe ao MP promover as investigações, a partir do momento que for procurado - o que vamos fazer em momento oportuno.
Como se lê, o conteúdo da ‘Nota da Cestermig’ simplesmente confirma o despreparo técnico da empresa para a prestação de serviços para uma prefeitura da envergadura do município de Timóteo, pois desconhece até mesmo as atribuições específicas dos órgãos públicos da organização do Estado.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

GOVERNO SÉRGIO MENDES: UM LARANJAL­ ­

Menor é dona de contrato
de R$ 2,2 milhões na PMT

Residente em Contagem, sócia administrativa de empresa fundada em abril de 2011 detém contrato milionário para serviços de manutenção em prédios públicos. Menor confessa que nem sabe que ‘lado fica’ o município de Timóteo. A outra sócia apresentou endereço residencial falso.


Pelo visto a prefeitura de Timóteo continua não tendo muito zelo na contratação de empresas para prestação de serviços no município, apesar de também contar com uma empresa especializada em auditoria de contratos e licitações. Após contratar uma empresa uma empresa ‘fantasma’ para revisar o plano diretor no municio e a Oxford Empreendimentos Ltda, cujo sócio proprietário é um lavador de carros, sem endereço fixo, o prefeito Sérgio Mendes (PSB), agora é suspeita de contratar a empresa Cestermig Empreendimentos Ltda.
Fundada em 28 de abril deste ano, a Cestermig apresentou como endereço sede a avenida Jorge Dias Duarte, 178, bairro Ana Rita, em Timóteo. Uma simples grafia em um cartaz identifica a empresa no local e o número do telefone que atende é o 3847-4713, que até pouco tempo, estava instalado no gabinete do prefeito.  Conforme descrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), atividade econômica principal a ‘imunização e controle de pragas urbanas’.
Á exemplo da Oxford, inexplicavelmente, apesar de pouco tempo de funcionamento, a Cestermig ganhou um pomposo contrato a anual de R$ 2,2 milhões para serviços de mão de obra em manutenção preventiva e corretiva de prédios públicos do município. Segundo apurou O FIO DO NOVELO, que a Prefeitura de Timóteo pretendia pagar a Oxford cerca de R$ 6,3 milhões para serviços de locação de veículos ao município. Depois de pagar R$ 1,5 milhão, o prefeito Sérgio Mendes, cancelou o contrato com a empresa Oxford, mediante denúncia do O FIO DO NOVELO.
Já o contrato em que a Cestermig prevê apenas serviços de mão de obra, eximindo-a de fornecimento de materiais, equipamentos e ferramentas - que ficará a cargo da Prefeitura.
Entretanto, desta vez o que mais desperta a atenção é o fato da ‘sócia administrativa’ da empresa ser a menor de idade A.C.S., que completou 17 anos de idade, em 13 de maio último. Ela reside com a mãe, S.A.S. na rua Antônio Gaudioso, 305, apartamento 109, bairro Eldorado, em Contagem. Pelo telefone, A. revelou que ‘não sabe nada sobre a empresa’.
Segundo a menor - que não ser identificada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), quem sabe de todas às informações da empresa é um homem conhecido por Jairo. “Ele é que responde pela empresa. Não sei nada disso”, resumiu. Embora seja citada como sócia administrativa da Cestermig, ela revelou não conhece o município de Timóteo. “Nem sei prá que lado fica”, completou.
Uma vizinha de A. desconhece que a garota seja sócia de empresa localizada em Timóteo. “Vocês devem estar procurando a pessoa errada. Ela é uma moça muito nova, não pode ser dona de nada. Ela fica todo tempo aqui”, revelou uma senhora, que apelou para não ser identificada.
Já a sócia empresarial da Cestermig é Daniele Castro Moura, 29, que pelo contrato social diz residir na rua Bulgária, 35, bairro Ana Rita, em Timóteo. Ela detém todo capital inicial da empresa calculado em R$ 90 mil. Segundo o atual morador do local, o aposentado Antônio Basílio, 62, a família de Daniele Castro mudou-se do local há cerca de sete anos.
Daniele Castro atualmente reside com seus pais na avenida São João, localizada no mesmo bairro. No novo endereço quem atendeu ontem pela manhã no portão foi o pai de Daniele (que dormia), Geraldo Felisberto, negando veementemente qualquer envolvimento da filha com alguma empresa. “Estou garantindo que ela não é dona de empresa nenhuma e muito menos presta serviços para prefeitura de Timóteo”, garantiu Geraldo Felisberto.


Por ironia, edital proíbe que licitante ‘fiche’ de menor
de idade,  mas não exige profissionais especializados

Curiosamente, uma das exigências do edital que cada concorrente da licitação apresente ‘declaração de que não possui em seu quadro de pessoal empregado menor de 18 anos em trabalho noturno, perigoso ou insalubre e de 16 anos em qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz, nos termos do inciso V do artigo 27 da Lei 8.666/93’. Ou seja, mesmo sendo uma das donas da empresa, A.C.S., não poderia trabalhar na empresa, salvo na condição de aprendiz.
Embora novata no mercado, a Cestermig conseguiu apresentar ‘atestado de capacidade técnica comprovando a execução satisfatória de serviços objeto do presente pregão’. Apesar de tratar-se de um contrato milionário, o edital não exigiu depósito caução ou apresentação de balancete contábil da empresa para comprovar ‘boa saúde financeira’.
Inicialmente marcado para maio de 2011, o pregão acabou sendo revogado pelo fato do edital constar que os serviços poderiam ser realizados por ‘mão de obra profissional e não qualificada’. Porém, o segundo edital, além de eximir a empresa vencedora de qualquer responsabilidade na compra de materiais para os serviços, não fazer qualquer exigência de profissionais especializados para o acompanhamento dos serviços, tais como técnicos das áreas de segurança, engenharia, arquitetura, etc.
Constam no objeto do edital de serviços como ‘manutenção em sistemas elétricos, portões eletrônicos’ até proteção de descargas atmosféricas e detecção de prevenção de incêndios. Também prevê o contrato, serviços de alvenaria, pintura, carpintaria, jardinagens e podas de árvores, etc. Entretanto, além de não exigir técnicos especializados para o acompanhamento dos serviços, o contrato também não fez menção da empresa ser associada a alguma entidade de classe, tais como conselhos de Engenharia e Arquitetura (CREA’s).


Resultado da licitação confirma que o contrato com a Cestermig com a PMT é de R$ 2.199.000,00


Uma grafia estampada em cartaz indica a localização da empresa, ao lado do Banco do Brasil.

Antônio Basílio(foto) confirma que Daniele Castro não mora mais no endereço apresentado no contrato social.

O valor empenhado é de R$ 50.837,00. O valor pago até o momento a esta empresa é de R$ 12.583,00.

Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.005, de 08 de fevereiro de 2010.
Emitido no dia 28/10/2011 às 09:40:34 (data e hora de Brasília).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

PROCURA-SE ZÉ CURUBU

PROCURA-SE ZÉ CURUBU


Cunhada teme pelo desaparecimento de sócio ‘laranja’ de empresa que fez contrato milionário com a PMT. Evangélica, ela acredita em ‘justiça divina’ com as pessoas que usaram o nome do pobre lavador de carros. Ela suspeita também que cunhado tenha algum tipo de deficiência mental. “Ele não uma pessoa normal”.

Evangélica da Igreja Batista, Marina Bragança, 46, dona-de-casa, a irmã do ex-coveiro e lavador de carros José Mário Roberto dos Santos, o Zé Curubu, usado como empresário ‘laranja’ da Oxford Empreendimentos Ltda, na locação de veículos para a Prefeitura de Timóteo, num contrato de R$ 6,3 milhões, conversou por telefone com o autor do O FIO DO NOVELO, Ronildo Valentim, quando mostrou preocupação com a situação em que vive o seu cunhado. Sempre evocando a Deus, Marina Bragança, em depoimento dramático, revelou que após a repercussão do caso, estranhamente, Zé Curubu não foi mais visto pela família nem por amigos. Conforme já havia antecipado ao O FIO DO NOVELO, ela reafirmou que Zé Curubu foi usado por criminosos especializados e espera por ‘justiça divina’.

O FIO DO NOVELO: Qual foi de fato o envolvimento de seu cunhado que se apresenta no contrato social como sócio majoritário na empresa Oxford Empreendimentos Ltda?
MARINA BRAGANÇA: Não sei, mas estou cansada de responder. Ele foi usado. O Zé Mário é uma pessoa muito simples.  Não tem maldade nenhuma. Convivo com ele há 27 anos, quando conheci o irmão dele. Somos de família pobre, mas de caráter, graças a Deus. Não podemos negar que Zé Mário sempre foi trabalhador, mas é um doente alcoólatra. Bebe demais e isso não o faz bem e afasta do convívio familiar.


O FIO DO NOVELO: A senhora sabe quem poderia ter usado seu cunhado como ‘laranja’?
MARINA BRAGANÇA: Não imagino quem fez essa maldade com o moreno (José Mário), mas com certeza Deus vai fazer justiça na hora certa. Foi uma covardia, pois o Zé Mário não tem noção de nada. É um pobre coitado que não tem nem mesmo onde morar. Coitado! Vive pelas ruas mendigando. A bem da verdade nem lavador de carros é direito, pois exploram dele pagando-o mixarias. Ele troca a lavagem de carros por um prato de comida ou R$ 5,00. Digno de pena. Como estava desempregado deve ter prometido emprego e o ludibriou. Como não tem maldade nenhuma, assinou papeis sem saber de nada.

O FIO DO NOVELO: Como assim sem maldade?
MARINA BRAGANÇA: Já disse, ele é muito simples. Para dizer a verdade, até acho ele meio louco de tanto beber. Não é uma pessoa normal. Conversando com ele, percebe-se isso.

O FIO DO NOVELO: A senhora espera que os responsáveis que usaram seu cunhado sejam punidos?
MARINA BRAGANÇA: Olha, primeiro acredito muito em Deus. A justiça divina é muito mais pesada. Não tenho dúvida que todos que usaram o Zé Mário pagarão pelo que fizeram.  Só tenho medo de sobrar tudo prá ele, pois pelas entrevistas estão protegendo os verdadeiros donos da empresa.  Acredito que os homens envolvidos nisso tudo não são servos de Deus. É muita maldade. Quem conhece Zé Mário sabe que ele é uma pessoa pacata, pura, apesar do alcoolismo que o dominou.

O FIO DO NOVELO: Qual foi a reação da família quando estourou caso?
MARINA BRAGANÇA:  Graças a Deus quando saímos às ruas todos comentam e saem em defesa dele. Todos os conhecidos e amigos sabem que ele não tem capacidade para ter empresa nenhuma, nem de fazer contrato milionário com Prefeituras. Isso acaba nos confortando, pois comprova que a família é muito íntegra. A mãe dele é um amor de pessoa.  Aliás, estamos protegendo ela da informação, pois está muito doente. Com seus 76 anos, atualmente, ela anda muito debilitada. Se ficar sabendo que fizeram isso com o filho dela, o estado de saúde dela pode piorar ainda mais. Optamos por protegê-la, como ela sempre fez com os filhos.
O FIO DO NOVELO: Caso do José Mário não reapareça o que a família pretende fazer? MARINA BRAGANÇA: Acreditamos em Deus em primeiro lugar. Com certeza Deus está protegendo ele, onde ele estiver. Vamos esperar alguns dias. Se não reaparecer vamos avaliar com a família o que fazer.

AMBULÂNCIAS OFICIAIS SÃO "ABANDONADAS" EM OFICINA!!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

SAIU NA IMPRENSA

Leia a materia no site do Jornal Diario Popular:
Clica aqui: http://www.diariopopularmg.com.br/mat_vis.aspx?cd=19453




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Mais meio milhão.

ANTES DE VIAJAR, PREFEITO LIBEROU
MAIS PAGAMENTOS PARA "ZÉ CURUBU".
José Mário Roberto dos Santos "Zé Curubu" Socio da OxFord.

Conforme extrato em anexo, Zé Curubu recebeu apenas nesta quarta-feira(19) mais meio milhão. Montante pago a Oxford já chega a R$ 1.513.769,42.

Depois pegar fogo, literalmente, em Timóteo, o prefeito Sérgio Mendes (PSB) resolveu passar uma temporada em Foz do Iguaçu. Deixou em sua cadeira de prefeito, o procurador Hamilton Roque Pires, para tentar responder as acusações de contratação de um lavador de carros ‘laranja’ para prestar serviços de locação de veículos ao município, através da empresa pra lá de suspeita, a Oxford Empreendimentos Ltda.
O que o procurador não respondeu é porque, mesmo sob suspeita, a empresa do lavador de carros recebeu nesta quarta-feira (19) mais R$ 530 mil, conforme extrato em anexo. Desinformado ou mal intencionado, faltou ao procurador, dublê de prefeito, fazer uma consulta à tesouraria da Prefeitura.

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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dono de R$ 6,3 milhões vive na miséria!!

Prefeitura faz contrato milionário com lavador de carros usado como ‘laranja
Sem endereço fixo, sócio e ‘administrador’ de empresa contratada por R$ 6,3 milhões para locação de veículos na Prefeitura de Timóteo pernoita em terraço de bar e sobrevive lavando carros por R$ 5,00. Parentes confirmam que ‘empresário’ não tem onde cair morto.
Sala Oxford Empreendimentos Ltda
A Prefeitura de Timóteo, localizada no Vale do Aço, contratou por R$ 6,3 milhões uma empresa sob suspeita para prestação de serviços de locação de veículos no município, inclusive para traslados de pacientes, por meio de ambulâncias. Além de apresentar como sócio majoritário um humilde lavador de carros, sem endereço fixo, a Oxford Empreendimentos Ltda, tem sede de ‘fachada’ uma minúscula sala de 30, localizada na rua Mariana, 155, Centro de Ipatinga.
Na verdade, quem despacha na modesta sala é uma contadora, apesar de constar na porta um adesivo provisório com o nome da empresa que já faturou em menos de dois meses de contrato quase R$ 1 milhão, conforme revela o Portal Transparência da própria Prefeitura. A previsão de faturamento anual é de pelo menos R$ 6,3 milhões.
Apesar do contrato volumoso, a Oxford não dispõe de telefone fixo. O número do telefone que aparece no
endereço, onde deveria funcionar a empresa, tem como titular da linha uma contadora. Basta ligar prá lá para constatar que os sócios da Oxford Empreendimentos nunca são encontrados. A atendente pede para ligar para um celular de Rubens, que segundo ela, seria o gerente da empresa.
Pelo contrato social apresentado na licitação realizada em junho deste ano, os verdadeiros sócios da empresa são: Keila Alves Martins Cruz, que apresentou como residência a rua Said Albeny, 185, bairro Santa Terezinha, em Coronel Fabriciano e José Mário Roberto dos Santos, que informou  morar à rua à rua três, 54, bairro Planalto II, em Ipatinga.
Keila Martins com participação de 41% do capital social da Oxford, segundo vizinho, não reside mais no endereço citado, Segundo o vizinho José Antônio de Morais, Keila Martins, que é uma professora, mudou-se para a casa de seus pais no bairro Recanto Verde, em Coronel Fabriciano.  Pelo telefone, os próprios pais da professora desconhecem que ela seja dona de alguma empresa de locação de veículos.
EMPRESÁRIO LARANJA - Porém, o caso mais sombrio envolve o sócio majoritário da empresa contratada pelo prefeito Sérgio Mendes (PSB). Prá começo de história quem mora no endereço apresentado no contrato celebrado com a PMT é o irmão de José Mário.
Endereço falso de Zé Curubu­ ­.
Na casa 54 da rua 3, a moradora Marina Santos, que é cunhada de José Mário, confirma que o ‘empresário’ não mora no local. “Apenas passa por aqui às vezes”, reafirma. Ainda, segundo ela, o cunhado ‘tem apenas uma bicicleta para andar’ sobrevive lavando carros pelas ruas de Ipatinga.
Os vizinhos também são testemunhas oculares que não mora nenhum José Mário no local. Lá, quem já viu José Mário visitando o irmão confirmam o estado de miséria em que vive o empresário ‘laranja’. Seu irmão que é um moto-taxista confirma a informação da esposa e dos vizinhos. Segundo ele, José Mário costuma pernoitar em um pequeno terraço localizado na Praça 1º de Maio, Centro de Ipatinga.  

‘Zé Curubu’,guiando sua velha bicicleta de cor vermelha
Empresário ‘Laranja’ sobrevive lavando carro por R$ 5,00
Com visível falta de dentes superiores e mancando uma das pernas devido a um acidente, o ‘empresário’ de R$ 6,3 milhões José Mário Roberto dos Santos, 52, é facilmente encontrado no endereço sugerido pelo irmão. A Praça 1º de Maio, Centro de Ipatinga, é famosa pela grande concentração de garotas de programas durante o dia e a noite. Bastante popular pela sua simplicidade, lá, o lavador de carros é mais conhecido como ‘Zé Curubu’.
Mal vestido, na manhã do último sábado, por volta das 11h, ‘Zé Curubu’, como de costume, guiando sua velha bicicleta de cor vermelha, chegou a um dos bares na localidade mais uma rodada de doses de cachaça e cerveja. “Tenho que lavar mais carros hoje, por isso não posso beber muito”, justificativa o dono da Oxford Empreendimentos, que no papel, que está foi usado de fechar um contrato de fazer inveja a grandes empresários do ramo.

Sem saber que estava sendo entrevistado, ‘Zé Curubu’, informou ‘mora de favor em terraço’ na sobreloja dos bares. “Cada dia moro em um lugar. Infelizmente não tenho moradia fixa”, confessa. Também confirmou a informação da cunhada de que sobrevive lavando carros. “Trabalho em um lava-jato próximo ao restaurante popular e ganho R$ 5,00 por cada geral, enquanto o dono ganha R$ 15,00”, revelou o empresário ‘laranja’, acrescentando que sonha um dia trabalhar de carteira assinada ou se aposentar, mesmo que seja por invalidez.
Quanto à participação societária na Oxford Empreendimentos Ltda, ‘Zé Curubu’ confirmou que assinou uns documentos a pedido de seu ex-patrão que conhece apenas pelo prenome de Tiago. “Acho que não posso trabalhar fichado, pois sou sócio desta empresa que o Thiago montou’, revelou o humilde lavador de carros, acrescentando, no entanto, que não acompanha as atividades da empresa e que não fez nenhuma retirada até hoje de qualquer valor da empresa em que é sócio.
Ele explicou que apenas assina os documentos que são constantemente levados por Tiago e que não tem nenhuma noção do faturamento da Oxford. “Estou aguardando inclusive um aparelho celular e uma bicicleta motorizada que o Tiago me prometeu”, reclama.
Irônicos, ao tomar conhecimento que ‘Zé Curubu’ administra um contrato milionário na Prefeitura de Timóteo, seus amigos de buteco informam que ‘vão pedir dinheiro a ele emprestado’. “Caso contrário, vamos seqüestrá-lo’, brincou Geraldo Augusto Ribeiro, um dos conhecidos de ‘Zé Curubu’.
Brincadeira a parte, Ribeiro não acredita que o colega esteja levando vantagens em contratos milionários. “Com certeza seu nome está sendo usado de forma indevida. É um coitado que não tem nem onde morar, sem maldade nenhuma. Até mesmo a pinga que ele toma é nós que pagamos, pois ele nunca tem dinheiro”, conclui.

Indícios apontam que licitação foi ‘carta marcada’
‘Procurador’ da Oxford já faliu várias empresas. Uma das empresas, a Construtora
Vieira Jr. executada a pagar R$ 284.765,06 à Previdência Social, em apenas um processo.
 Sob a alegação de economizar 30% do antigo contrato de locação de veículos, o prefeito Sérgio Mendes (PSB) fez questão de acompanhar de perto a licitação em que ganhou a empresa Oxford Empreendimentos Ltda, fundada em agosto do ano passado, mesmo assim como construtora de serviços de engenharia civil.  Poucos dias antes e depois do processo licitatório, a Oxford fez várias alterações contratuais, inserindo como objeto social serviços de locação de veículos. Apesar disso, não tiveram o cuidado de mudar até hoje o slogan estampado nos impressos que é ‘Soluções em Engenharia Civil’.

Sem clientes de pompa, como prefeituras, curiosamente a empresa apresentou como um dos atestados de serviços prestados de locação de veículos um documento assinado por um engenheiro, que teria participação na falida Construtora Vieira Jr. Aliás, o procurador da empresa Oxford Empreendimentos na PMT é Santiago Coimbra Vieira, conhecido como Tiago, supostamente o mesmo citado por José Mário. Ele é irmão do engenheiro que deu o atestado à Oxford.
Os dois irmãos são suspeitos de abrir e fechar inúmeras empresas para participar de licitações de órgãos públicos, inclusive a Vieira Jr, que deve à Previdência Social em apenas um processo R$ 284.765,06. Em 20 de maio deste ano, a Vieira Jr. foi executada a pagar a dívida no prazo de cinco dias.
DESCLASSIFICAÇÃO - Conforme ata da licitação, as demais empresas que participaram da licitação foram desclassificadas do processo por razões diversas, mantendo-se no páreo apenas a Oxford, que veio apresentar um preço global único. Embora seja de praxe reabrir nova licitação em casos desta natureza, o prefeito estranhamente homologou o processo e contratou a desconhecida Oxford, por motivos que vai ter que explicar agora ao Ministério Público Estadual (MPE), que já se encontra em poder da denúncia formulada pelo gestor público Ronildo Valentim.
No momento da licitação, realizada no dia 1º de junho de 2011, vários questionamentos foram feitos ao pregoeiro, inclusive sobre a ausência de balanço financeiro da Oxford dos últimos 12 meses, conforme exigência do item 7.1.4.2 do Edital. Entretanto, o pregoeiro não acatou as solicitações de uma das empresas concorrentes, mantendo-se de forma irregular a Oxford no certame.

Alguns questionamentos:
ü  Estudo sobre a atual frota de veículos da Prefeitura;
ü  Histórico de serviços prestados pela empresa Oxford;
ü  Apresentação dos sócios da empresa;
ü  Por qual motivo não se abriu nova licitação, uma vez que apenas uma empresa foi habilitada;
ü  Ausência de garantia de depósito caução, de acordo com o Art. 56, da Lei 8.666, §1º;
ü  Seguro de Responsabilidade Civil de Passageiros;
Edital da licitação não exigiu depósito caução
Sem nenhum carro sequer em seu nome, a Oxford Empreendimentos Ltda, encontrou como saída a subcontratação de carreteiros para prestar serviços à Prefeitura de Timóteo. Porém, o mais grave de tudo é que o contrato isenta a Prefeitura de qualquer responsabilidade em caso de acidentes envolvendo passageiros dos veículos contratados, inclusive nos traslados de pacientes nas ambulâncias.
Ou seja, qualquer ação de indenização deve ser movida exclusivamente contra Oxford, conforme artigo XXI contrato: ‘a vencedora responsabilizar-se por quaisquer danos que, na execução do contrato, causar ao município ou a terceiros, por motivo de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia), bem como na indenização a estes em decorrência de atos de seus empregados, prepostos ou subordinados’.
Apesar disso, em nenhum momento o contrato condiciona o pagamento dos serviços a partir das apresentações das guias de pagamento do Seguro de Responsabilidade Civil de Passageiros.


Empresa já ‘faturou’ quase R$ 1 milhão em dois meses

Os vizinhos e familiares de José Mário não sabem, mas sua empresa já faturou em menos de dois meses na Prefeitura de Timóteo exatos R$ 983.183,93.  Apenas na locação de ambulância o lavador de carros ‘faturou’ R$ 49.648,00.  Segundo ordem de pagamento de número 331, em apenas ao equivalente a uma Nota Fiscal a Oxford recebeu o montante de R$ 191.428,15 ‘na locação de caminhões e máquinas para serviços de limpeza pública’. 
Desperta a atenção que mesmo com faturamento anual previsto de R$ 6.268.000,00 apenas com a Prefeitura de Timóteo, a empresa continua classificando-se como ‘Micro Empresa ‘ – que na verdade só poderia faturar até R$ 240 mil por ano, conforme determina a Receita Federal.
Sócio majoritário na Oxford, José Mário detém um capital social de R$ 236 mil, enquanto Keila Alves Martins Cruz, de R$ 165 mil. Conforme contrato social, também cabe unicamente ao humilde lavador de carros, a administração da sociedade, com poderes e atribuições de representação ativa e passiva na sociedade, judicial e extrajudicial, podendo praticar todos os atos compreendidos no objeto social’.

Veja os documentos que disponho até agora:



Contrato comprova que "Zé Curubu" é dono da Oxford­ ­
Pag 1 Contrato social Oxford

Pag 2 Contrato social Oxford

Pag 3 Contrato social Oxford

Dívida Vieira JR

Pag 1 Ata Licita

Pag 2 Ata Licita

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